Por: Maicon Tenfen – vejaonline

É chato ser gostoso: cartinhas com foto endereçadas ao Instituto Lula (Nelson Almeida/AFP)

Entre a correspondência que chega diariamente ao Instituto Lula, há cartas subscritas por senhoritas de todas as idades, algumas com fotos, que manifestam o desejo de se engajar num namoro com o ex-presidente. Consta que são 5 cartas por semana, ou 20 por mês, mas a tendência é que esse número salte para as centenas.

É que Lula está prestes a se mudar para a cadeia, e é um fenômeno psicologicamente reconhecido a atração que os presidiários exercem sobre uma quantidade espantosa de mulheres. Muito já se escreveu sobre os namoros e os casamentos entre bandidos famosos e moças que passaram a visitá-los na prisão.

Se Lula não é exatamente um modelo de beleza masculina — embora esteja malhando e usando camisetas apertadinhas nos comícios — ninguém pode negar que possua os atributos indispensáveis a qualquer conquistador penitenciário que se preze: 1) é famoso até dizer chega; 2) e é bandido, já que as sentenças estão aí.

Sobre as pretendentes, não se pode acusá-las de loucura ou mero interesse financeiro, primeiro porque o amor é inexplicável, e segundo porque, se a Justiça for cumprida, Lula terá confiscados os valores e os bens que recebeu em forma de propina e agradinhos suspeitos.

Antes de ingênuas, essas senhoritas são metódicas e até mesmo maquiavélicas. Sabem que o sistema penal brasileiro não tolera promiscuidade. As visitas íntimas, quando ocorrem, limitam-se a apenas uma mulher que possua certidão de casamento ou contrato de união estável.

Isso significa que o maridinho terá de se comportar sob a guarda do Estado. Não poderá trair a esposa (não com outra mulher), nem ficar até tarde nos botecos e muito menos sustentar uma família bastarda na vizinhança. Quanto ao sexo, uma vez por semana já é mais do que prometem as estatísticas.

Continuem, senhoritas, não se esqueçam das fotos e não percam a esperança. Lula é um partidão, só tem um probleminha que vocês precisam levar em conta: ele costuma pisar na bola e botar a culpa na esposa.