Repercute na imprensa regional, atitudes desrespeitosas da direção da Embasa, que reagiu violentamente aos recentes ataque do vereador João Batista Pereira dos Santos (João de Ogum), de Livramento de Nossa Senhora. Na sessão de 26 de outubro, ele qualificou a empresa de “porcaria”.

Não é a primeira vez que o parlamentar dirige adjetivos nada lisonjeiros à concessionária, acusando-a de fornecer água de má qualidade e lançar dejetos sanitários de Rio de Contas no Rio Brumado.

João de Ogum lembrou a cena da mulher que em plena praça, entregou água suja da Embasa ao governador, ressaltando que o rio que abastece Livramento é poluído,  o edil chegou a dizer que “a água é bosta pura”.

Encampando uma luta, ele cobrou respostas da Embasa, que resolveu se manifestar, classificando o vereador de “irresponsável e leviano”. Em nota pública, a diretoria afirma que a água fornecida à população local passa por tratamento adequado, dentro dos padrões legais, e que os esgotos de Rio de Contas são tratados.

O que intrigou internautas e demais moradores foram postagens de um preposto da sede regional da empresa, em Caetité, que afirmou também a uma emissora de rádio, que Livramento tem a melhor das estações de tratamento, que é a bela cachoeira “véu de noiva”, considerada ícone do turismo local.

Segundo o funcionário, “eventuais bactérias contaminantes, vindas dos dejetos de Rio de Contas, são eliminadas ao passar pelas águas da bela queda d’água”.

A declaração, reproduzida nas redes sociais, deixou a população indignada. Se por um lado, o linguajar do vereador é descuidado ou até mesmo “irresponsável e leviano”, como considerou a nota da Embasa, a ele se nivela a fala do preposto da empresa, sobre o uso da cachoeira para tratar esgoto.

Pelo visto, esse impasse promete novos episódios, pois os fatos recentes, ao invés de buscar soluções, ofende o consumidor, que além de prejudicado, se vê humilhado e achincalhado por uma empresa que em todas as regiões da Bahia, deixa muito a desejar, sendo vista como exploradora dos recursos naturais, revendendo-o com qualidade duvidosa e a peso de ouro.

Em fevereiro deste ano, também no rádio, o engenheiro Agostinho Henrique, da Embasa, criou um parâmetro estético de análise para justificar a cor barrenta da água, causada pela lama que entra na tubulação.