Fontes idôneas relataram ao Jornal O Eco, que pesquisadores se negam a informar dados obrigatórios como razão social, CNPJ e registro da empresa no Conselho de Estatística.

Como era de se esperar, o natural aquecimento da pré-campanha visando as eleições municipais de 2024, já mobiliza grupos políticos nas discussões sobre potenciais nomes que almejam figurar nas chapas majoritárias em diversos municípios da nossa região. Diante disso, é natural que se iniciem a realização das primeiras pesquisas de intenção de voto, seja para divulgação pública ou para consumo interno de partidos e lideranças, que desejam avaliar o que pensa a opinião pública. O fato grave que surpreendeu a equipe de jornalismo, bem como o departamento de pesquisas do Grupo O Eco de Comunicação, foram denúncias formuladas por fontes idôneas de prováveis fraudes, envolvendo “Institutos suspeitos” que voltam a atuar nas cidades, realizando pesquisas de forma anônima, ou com nomes fictícios de Institutos que podem nem existir juridicamente.

Em Livramento de Nossa Senhora, Rio de Contas, Dom Basílio e Caturama, foram avistados pesquisadores realizando abordagens em nome de um tal Instituto Bahia Pesquisas. Nossa reportagem de imediato acionou o Conselho Regional de Estatística, que ao consultar seu banco de cadastros, informou não existir qualquer registro dessa suposta empresa. Também junto ao Ministério da Fazenda, não foi localizado registro de CNPJ com esse nome, muito menos atividade de Pesquisas. Existem relatos, de que “antigos institutos” que atuaram de forma irregular e por isso foram punidos pela justiça eleitoral com pesadas multas, buscando disfarçar a identidade dos verdadeiros responsáveis, podem estar utilizando codinomes na tentativa de retornar ao ramo.

É nosso dever alertar a sociedade regional, no sentido de que se porventura, algum cidadão for abordado por um pesquisador em busca de entrevista sobre avaliação de governos, intenções de voto ou questões similares, é direito solicitar a identidade funcional do pesquisador, nome e endereço da empresa, CNPJ e razão social, telefone do escritório, nome do estatístico responsável pela elaboração da amostra e demais cálculos da pesquisa, além, é claro o número de registro do Instituto no Conselho Regional de Estatística. Sem ceifar a liberdade de quem realiza a pesquisa, é dever do cidadão checar essas informações, colaborando assim para evitar a prática de falsidade ideológica, prevista no artigo 299 do Código Penal. Segundo as informações obtidas pela reportagem do Jornal O Eco, os indícios apontam para elementos que desejam supostamente manipular resultados das referidas pesquisas, no intuito de chantagear ou tirar proveito financeiro com divulgações inverídicas da real situação política dos municípios.

Seguimos atentos, apurando as denúncias, para que dentro em breve possamos trazer atualizações sobre esses fatos no mínimo estranhos, que surgem quase sempre às vésperas de um ano eleitoral. Informações ainda não confirmadas, dão conta de que velhos políticos, que atualmente estão em baixa, podem estar por trás dessas manobras já manjadas, no intuito de tentar confundir a opinião pública e construir situações irreais, muito distantes do que de fato pensa a população. Já vimos esse filme nas eleições passadas, quando apenas a verdade das urnas expressou a vontade legítima dos eleitores, desacreditando de vez, aqueles que pela força do dinheiro, tentavam incutir a mentira transvestida em números fakes de pesquisas.