Inelegível e acumulando derrotas ex-presidente vê o cerco se fechar e Investigações podem resultar na prisão do ex-capitão.

Desde que deixou a presidência a vida de Bolsonaro não tem sido um mar de rosas. Investigações, buscas e apreensões, julgamentos de atos eleitorais e após diversas prisões de aliados as delações começam a revelar toda a podridão dos atos insanos praticados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que se tornou inelegível em 30 de junho, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral. De lá para cá, ele empilha derrotas e vê o cerco se fechar contra todos seus aliados mais próximos.

A pedido da polícia Federal, o STF autorizou a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle, sob fortes indícios de crimes que dentro em breve virão à tona. O pedido foi apresentado dentro das investigações sobre o desvio de presentes recebidos em viagens oficiais pelo governo do ex-capitão. Além disso, existe ainda o caso que envolveu a prisão do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques, um bolsonarista de carteirinha, que supostamente, a mando do Capitão, fez uso da corporação para dificultar o trânsito de eleitores de Lula no Nordeste no dia do segundo turno da eleição passada.

O advogado Cezar Bitencourt, novo representante do tenente-coronel Mauro Cid, afirmou nesta quinta-feira 17 que seu cliente entregou dinheiro em espécie a Jair Bolsonaro referente à venda de um Rolex recebido pelo ex-presidente em uma viagem oficial. “Mauro Cid vendeu o relógio a mando do Bolsonaro com certeza e entregou o dinheiro a ele”, disse o advogado ao jornal O Globo. “Os 35 mil que entraram na conta do pai dele (o general Mauro Cesar Lourena Cid) eram parte do pagamento que ele deu ao ex-presidente.

Para piorar a situação do agora réu em diversos processos, o Hacker Delgatti Neto, declarou em depoimento á CPMI do 8 de janeiro, que Bolsonaro lhe encaminhou para dentro do Ministério da Defesa, para articular o esquema de fraudar as urnas eletrônicas, prometendo indulto a ele, caso fosse descoberto e preso pelos crimes de ‘fraude fake’ em urnas e grampo contra Moraes. Ouvido nesta quinta-feira 17 pela CPMI do 8 de Janeiro, o hacker Walter Delgatti Neto afirmou que “o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) me prometeu conceder um indulto caso assumisse também a autoria de um suposto grampo telefônico com conversas comprometedoras do ministro Alexandre de Moraes”. Declarou

Diante de todos os desdobramentos impactantes, incluindo o depoimento do hacker Walter Delgatti Netto à CPI, aliados do governo Lula veem uma oportunidade para indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro por quatro possíveis crimes. As acusações levantadas pelo hacker ganharam destaque entre os integrantes da base governista, que afirmam que as consequências legais somadas poderiam resultar em até 18 anos de prisão para o ex-chefe de estado. “É uma questão de tempo, esse cidadão não poderá sair impune, diante de tantas atrocidades contra a democracia, utilizando-se da estrutura pública para fins tão nefastos”. Disse um dos parlamentares.