Líderes de cinco partidos, confirmaram que o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), ofereceu destinar um extra de R$ 40 milhões, em emendas parlamentares, até 2022 a cada deputado federal que votar a favor da reforma da Previdência no plenário da Câmara.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, a proposta foi feita na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na semana passada. O valor oferecido representa um acréscimo de 65% no que cada deputado pode manejar no orçamento federal. “Uma proposta tentadora, digna de grandes estrategistas, pois, mexe com o poder de barganha dos deputados, que reforçarão suas bases eleitorais”. Declarou um dos parlamentares.

A notícia estampada na imprensa, confirma o que alguns especialistas afirmavam, o presidente Bolsonaro se rende às regras da chamada velha política e libera a negociação por votos no Congresso Nacional. Hoje, os congressistas têm direito a R$ 15,4 milhões em emendas parlamentares. Com os R$ 10 milhões extras por ano, o valor pularia para R$ 25 milhões liberados no nome de cada deputado que se declarar a favor.

A reportagem exibida pelo jornal Folha de São Paulo, declara que a informação foi confirmada por deputados do PP, PSD, PR, PRB, DEM e Solidariedade. Todos somente confiaram as informações caso tivessem seus nomes preservados.

Houve também questionamentos enviados ao Presidente da Câmara Rodrigo Maia na noite de ontem, bem como para o Ministro da Casa Civil do governo Jair Bolsonaro, para que se pronunciassem sobre esse fato. No entanto, até o momento, nenhum se manifestou a respeito.

Para que o leitor entenda: Os deputados têm direito a emandas impositivas e, caso seja aprovada a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do Orçamento Impositivo, a partir de 2020, também passarão a ser de execução obrigatória os recursos de bancada. Os valores propostos por Onix, no entanto, não estão dentro de nenhum desses recursos.

Ou seja, praticando a negociata oficial, o governo entende que somente comprando deputados, conseguirá empurrar um projeto escandaloso que aniquila com a previdência e a aposentadoria do trabalhador. Acenando com o extra de 40 milhões, que viria de rubricas de fora do volume reservado para emendas, a vitória é dada como certa, mas, segundo os deputados, o ministro não acertou os detalhes sobre a fonte dos recursos oferecidos.

Trocando em miudos, o interesse na aprovação da reforma, apresenta agora números iniciais de 40 milhões de reais, que serão distribuídos aos deputados que mudarem de lado e apoiarem o texto da forma como ele for apresentado.