Diversos motoristas que tiveram seus veículos danificados, estão denunciando a empresa responsável pelas obras de recapeamento do trecho desde Vitória da Conquista, até Livramento de Nossa Senhora. Ocorre que, por uma série de descuidos na execução das obras, veículos estão sendo danificados, além da exposição de motoristas e passageiros ao risco de graves acidentes, uma vez que há confusão em alguns pontos onde existem obras na pista. O famoso sistema pare e siga, que  regula o trafego, não está sendo executado com o devido cuidado .

Na tarde desta segunda-feira (14), também o veículo de reportagem do Jornal O Eco, sofreu avarias no para-brisas, após ser atingido por pedras lançadas pelos veículos que trafegavam no sentido contrário, próximo ao trevo de acesso a sede do município de Dom Basílio. Isso ocorreu, devido a presença de materiais (britas soltas) na pista de rolamento. As reclamações dão conta de que dezenas de outros automóveis foram atingidos pelas “pedras voadoras”.

Nossa reportagem tentou contato com a empresa Jurema, que executa os serviços na via, porém, não obtivemos êxito na tentativa de esclarecimentos sobre as irregularidades constatadas na realização dos serviços, bem como a posição oficial quanto aos prejuízos. A falta de maiores cuidados e controle no fluxo de veículos, tem provocado revolta em proprietários e motoristas, bem como nos motociclistas que são os mais expostos a chuva de pedregulhos. Esta é a primeira vez que se registra tantos estragos e grandes riscos, provocados pela irresponsabilidade dos operadores, controladores do trafego nos pontos com obras nessa região.

“Liberam o trafego de veículos leves e pesados em trechos cobertos por brita solta. Enquanto os veículos que seguem em sentido contrário, recebem verdadeira saraivada de pedras que além de danificarem, podem atingir pessoas e provocarem graves acidentes”. Desabafou um motociclista que passava pelo local. Isso aqui está assustador, irresponsabilidade, falta de sinalização e controle, expõem vidas humanas”, concluiu.

De acordo com o nosso assessor jurídico, advogado paramirinhense Dr. Lucas Iago, os motoristas que porventura forem prejudicados em consequência da desorganização nas obras, têm o direito e devem exigir o ressarcimento do dano provocado em seu automóvel na estrada. “São cada vez mais comuns os casos de usuários dessas rodovias que foram atingidos e buscam ressarcimento por avarias decorrentes de asfalto malconservado, buracos ou obras na pista. Comprovada a culpa, essas empresas são responsabilizadas por qualquer dano que um veículo sofra na rodovia desde que sejam realizados os procedimentos legais, comprovando que o acidente ocorreu devido a um defeito no pavimento ou durante alguma obra de conservação”.

O advogado explica ainda que, as chances de sucesso são diretamente proporcionais à quantidade e solidez das provas apresentadas. Podem ser fotos do local, relatos de testemunhas ou vídeos de câmeras onboard. Portanto, quanto mais evidências você juntar, menor o risco de ficar no prejuízo.  Ele salienta que a empresa deve ser responsabilizada por avarias provocadas por buracos, lombadas não sinalizadas, emendas malfeitas no asfalto, falta de sinalização adequada, pedras ou objetos que estavam na via e foram arremessados pelas rodas de outros veículos ou que caíram de caminhões de manutenção a serviço da concessionária.