Notícia traz alívio e esperança para produtores e população que sofre com a estiagem prolongada. Previsão mais otimista indica volumes acima de 100mm a partir de 31/12 até o dia 10 de janeiro.

Uma das melhores notícias de fim de ano para o sertanejo, a previsão de muita chuva, para lavar a alma, encher os reservatórios, fazer brotar o pasto para os animais que agonizam e morrem com o sol inclemente, que destruiu toda a vegetação e consequentemente o alimento para o gado. Há muito tempo não se presenciava tamanha situação de emergência e de maneira inédita, tanto calor nesse sertão. Temperaturas elevadíssimas em consequência de fenômenos, reações da natureza, diante de tanta destruição provocada pelo homem. Mesmo com as excelentes previsões, devemos seguir refletindo sobre o nosso papel para com o meio ambiente, cobrar medidas austeras pela preservação de nascentes, fim do desmatamento e queimadas insanas.

O Eco apurou na manhã desta quinta-feira (28), junto aos Institutos meteorológicos  e constatou que é consenso entre órgãos independentes e Institutos públicos, que há previsão de chuvas fortes para o Vale do Paramirim e toda a Bahia. É o que informa por exemplo o Instituto Clima Tempo e o INMET. Se por um lado, as chuvas tão aguardadas pelo sertanejo prometem voltar e são motivo de alegria e esperança de farturas, por outro, os impactos causados pela longa estiagem ainda serão sentidos por um longo período, especialmente no que diz respeito à sobrevivência das famílias carentes, muitas perderam inclusive os poucos animais como ovinos, caprinos e bovinos, que infelizmente, não resistiram à fome. Sem renda e completamente vulneráveis, muitas famílias necessitarão de apoio, especialmente do poder público, prefeituras, que tem a obrigação de assegurarem direitos fundamentais básicos, à exemplo da alimentação.

Se confirmadas as  previsões de chuvas a partir de 31 de dezembro, último dia de 2023 e 10 de janeiro de 2024, municípios do Vale do Paramirim, em sua maioria, poderão receber volumes de precipitações acima de 100 milímetros, o que será uma benção em tempos tão difíceis. É importante também alertar a Defesa Civil e órgãos municipais, que mesmo não existindo alertas sobre fortes tempestades, esse volume de chuvas podem provocar estragos em vias e moradias que não são projetadas adequadamente. Por isso, vale a atenção para eventuais necessidades de intervenção em bairros e comunidades cujas residências possuam estrutura física deficitária, para o pronto atendimento em casos de emergências.

As notícias que já circulam em diversos veículos de imprensa, trazem opiniões e depoimentos de especialistas sobre a  complicada situação enfrentada, envolvendo a escassez de chuvas no sertão. Vale ressaltar, que tanto a estiagem prolongada, quanto as pancadas de chuvas em volumes acima da média,  são fenômenos meteorológicos presentes no Brasil, que se potencializaram ao longo de 2023, provocando desequilíbrio no clima e recorde de temperaturas elevadas.