Onda de postagens maldosas para ofenderem pessoas e instituições ou para confundir a opinião pública, estão cada vez mais “manjadas” e recebendo punições judiciais

O historiador israelita Yuval Noah Harari, autor do ‘best-seller’ “Uma Breve História da Humanindade – Sapiens” abre a introdução dizendo o seguinte: “No mundo inundado de informações irrelevantes, clareza é poder”. E acrescenta: Em teoria, qualquer um pode se juntar ao debate sobre o futuro da humanidade. Na prática é outra história. “21 lições para o século 21”, reflete uma realidade preocupante das distorções, equívocos e a onda das Fake News.

É o que vemos, na atualidade, com as comunicações interpessoais no Brasil: uma montanha de informes irrelevantes, dentre as quais, a maioria são falsas nas redes sociais que tentam se transformar em informações reais, verdadeiras, e às vezes conseguem junto aos incautos seus objetivos.

É preciso, portanto, distinguir o que é relevante e irrelevante. Vivemos no mundo dos ‘sábios’ onde todo mundo opina e o escritor italiano Umberto Eco, antes de morrer já havia advertido para isso ao dizer que “as redes sociais deram voz a um bando de imbecis”. Evidente que não estão inclusos nessa reflexão, todos os usuários. Pois as redes sociais deram voz a intelectuais e a críticos responsáveis, que ao questionarem, enaltecem a discussão sobre fatos relevantes.

No Brasil, tenta-se, inclusive, popularizar essa imbecilidade com postagens do tipo “mídia lixo” e “essa notícia a grande mídia não publica” desmerecendo empresas sérias, que possuem compromisso com a verdade dos fatos. Os veículos idôneos são referência e porto seguro da informação em qualquer país civilizado. É praxe, no Brasil, quem produz ser menosprezado.

A comunicação exige responsabilidade com a notícia, com a democracia, com a liberdade de expressão e os meios formais no Brasil – TV, rádio, imprensa escrita, blogs, sites – salvo exceções o fazem muito bem. Quem já leu o livro “Os Onze” sobre os bastidores do STF vê o papel extraordinário que teve a imprensa brasileira para que as duas operações mais ruidosas contra a corrupção no mundo, o Mensalão e o Petrolão, obtivessem êxito.

As pessoas não devem se iludir com as postagens das redes sociais dos ‘imbecis’ citados por ECO e fazer avaliações antes de encaminhá-las para outras pessoas. Devem, sim, deletá-las, pois, a maioria não serve para nada. E em alguns casos, quando os assuntos são relacionados a saúde afetam até a vida das pessoas. Nos últimos dias, por exemplo, houve uma invasão de posts dando conta de que água gelada fazia mal à saúde e provocava doenças.

São tantas as aberrações publicadas nas redes sociais que não convém sequer citá-las. Esta semana chegou-se a publicar a morte do jornalista Florisvaldo Matos, da Bahia, obviamente uma ‘fake-news’. Até o presidente da República, Jair Bolsonaro, sem conferir dados publica ‘fakes’ como aconteceram com a citação ao jornalista Merval Pereira que teria recebido R$375 mil por uma palestra (quando foram 15 palestras); e o massacre de baleias na Indonésia com foto da Dinamarca. Também os veículos de comunicação da nossa região, com um histórico de serviços prestados à população, mesmo possuindo o respaldo construído com muito trabalho e suor, são vítimas de Fakes e até ataques caluniosos, geralmente vindos de pessoas incomodados com a verdade exposta. Para estes, a nossa resposta, infelizmente, é o convite a se explicarem na justiça pelos seus atos impensados. Por fim, nossa recomendação é de que, nesses tempos das redes sociais, continuem dando atenção também aos meios de comunicação formais que possuem credibilidade, pois, são seguros e responsáveis no trato com a notícia. Tem lenço e documento