Artigo especial, enviado pela colaboradora Angela Guedes. Uma reflexão sobre os efeitos maléficos do negacionismo que ainda insiste no Brasil.

Por: Angela Guedes – Presidente do PSB Rio de Contas – 28/09/2023

“É difícil explicar o mal, sabemos que ele existe, podemos senti-lo, apreciar suas terríveis consequências, mas ele não nos aparece como uma criatura (como o diabo, por exemplo), ou como um fenômeno visível.
Ele está escondido dentro das criaturas. Nas feras, agressivas por natureza, ele não é consciente, mas apenas instintivo. Mas nos seres humanos ele pode ser consciente e às vezes se manifesta de forma inteligente, traiçoeira, muitas vezes se escondendo por trás de palavras doces e “sábia

Fomos visitados por uma de suas formas, nos últimos quatro anos, quando um falso Messias se apossou do governo, de forma fraudulenta, fazendo uso de mentiras na internet, as chamadas “fake News”, para iludir o povo e criar uma legião de zumbis, muitos dos quais ainda hoje continuam a marchar cegos, aos gritos de “mito, mito…”, incapazes de ver as injustiças cometidas, pessoas agonizando sem oxigênio em Manaus, ou entubadas sem anestesia, sofrendo dores atrozes, enquanto atores demoníacos do falso governo debochavam festejando os “CPFs cancelados”.

Parte desse festival de horrores, responsável por 700.000 mortes no Brasil, teve a participação de pastores de algumas igrejas (nem todas), autodenominadas “neopentecostais” que, ao contrário do Pentecostes (evento em que o espírito santo desceu sobre os apóstolos de Jesus 50 dias após a páscoa), parecem ter sido influenciadas por espíritos obscuros, que inspiraram seus “pastores” a cometer todo tipo de leviandades para obter lucro pessoal, explorando a necessidade dos mais humildes.

Dentre as muitas iniciativas nefastas tomadas por essa corrente de oportunistas travestidos de homens de Deus, está a perseguição a outras religiões, especialmente as de matriz africana, reforçando o racismo existente na nossa sociedade, triste herança da escravidão, que permanece arraigada em nossas consciências.

Transformaram a religião cristã numa arena de lutas contra a democracia e a Constituição, fazendo campanhas contra a libertação das mulheres (do jugo masculino), contra a liberdade sexual, contra os negros, índios e tudo que não seja a reconstrução do poder masculino branco.
Em nome de Deus, professam o ódio e a perseguição, esquecem o amor ao próximo e defendem a tortura e a violência das armas. São os falsos profetas anunciados na Bíblia.

Sabemos que o mal anda entre nós, disfarçado, ardiloso, soprando venenos nas mentes descuidadas, destilando mentiras disfarçadas de verdades celestiais, mas é preciso reacender a chama da tolerância e da caridade, expressa na diversidade de cultos e crenças.
O Brasil é um país diverso, feito da contribuição de muitos povos e culturas e essa é nossa maior riqueza. Celebrar essa diversidade é uma benção que nos diferencia de tantos países que vivem divididos e em conflito permanente.

O PSB, como partido que se realiza no presente com olhos no futuro, defende o respeito a todas as religiões, a tolerância entre diferentes e a paz para o Brasil”.