71% dos entrevistados disseram que preferem como está. A principal justificativa é de que essa mudança acarretaria diversos transtornos aos moradores, que teriam que refazer toda documentação pessoal, dentre outras coisas.

Conforme relatamos aqui em matérias recentes, é notório que o prefeito Eraldo Félix, desde que assumiu a gestão municipal em janeiro de 2021, tem se empenhado em trazer de volta a antiga denominação do lugar, acreditando que o ato seria visto como uma reparação à história. A devolução legítima do nome de Água Quente, foi motivo de debates entre os habitantes, que segundo uma pequena parte da população, tem tudo a ver com a identidade local. “O poção de águas termais, sempre foi a referência maior deste lugar desde os tempos da colonização. Toda a nossa história é lembrada pelos antigos e contemporâneos, que a povoação se formou próxima ao poço de Água Quente”. Disse um dos moradores da cidade à época da reportagem.

Diante desse impasse e as informações de que o prefeito estaria aguardando o momento certo, para encaminhar os tramites, cumprindo com o seu papel enquanto veículo de comunicação social há mais de 27 anos atuando na região, O Jornal O Eco, de forma democrática e legítima, por iniciativa própria, foi ouvir os principais personagens, a população local sobre o que achavam deste suposto intento. O levantamento, realizado entre os dias 08, 09 e 10 de outubro de 2023, ouvindo 548 pessoas da sede e diversas localidades rurais, pelo sistema de amostragem, com margem de erro 4% e grau de confiança de 95%, ou 0,05 de significância, detectou números surpreendentes que externam o desejo da maioria contra a mudança. O Instituto que é devidamente registrado no CONRE sob o nº 8377, cumpriu como de praxe, todas as normas e critérios exigidos para o levantamento estatístico.

O resultado apontou que 71% dos entrevistados da sede e diversas comunidades rurais, não apoiam a mudança de nome. Uma parcela de 6% afirma que para eles não faz diferença, exatos 18% concordam em retornar o nome para Água Quente e 5% dos entrevistados não souberam ou preferiram não opinar. Dentre as justificativas colhidas pela equipe de pesquisadores junto ao público abordado, está a preocupação com as consequências de alterações em documentos pessoais, endereços de propriedades, dentre outras ações burocráticas que tal mudança causaria. Com isso, resta enfraquecido o intento do gestor, que provavelmente quer concorrer à reeleição e não seria ingênuo em insistir nesse propósito, contra 71% da população contrária a uma decisão que impactaria diretamente na vida das pessoas, causando uma corrida aos cartórios e demais órgãos de identificação.