“Sabemos que haverá uma migração de pessoas para a zona rural, mesmo com o feriado cancelado, e é provável que tenhamos um pico 20 dias depois do São João e do São Pedro.”

O Secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, fez uma projeção preocupante de que os meses de junho e julho, devido ao período do São João e a possibilidade de haver viagens para as cidades do interior do estado, mesmo com o feriado cancelado, serão “muito piores” do que foram maio e abril na pandemia da Covid-19, correndo o risco de um pico de aumento de casos 20 dias após os festejos juninos.

“Acho que os meses de junho e julho serão muito piores do que foram maio e abril. Sabemos que haverá uma migração de pessoas para a zona rural, mesmo com o feriado cancelado, e é provável que tenhamos um pico 20 dias depois do São João e do São Pedro”, escreveu eu seu perfil no Twitter, ao compartilhar trecho de uma entrevista. Vilas-Boas disse ainda que o que o Estado pode fazer é usar as forças de segurança para coibir festas e aglomerações. “O que podemos fazer nós já fizemos. Daqui para frente é usar as forças de segurança do estado para coibir festas e aglomerações”, completou o secretário.

De fato, a presença de centenas de visitantes já é real nas cidades do interior, bares repletos e muita aglomeração. Conterrâneos que vivem em São Paulo, Salvador e demais cidades do país, estão viajando, mesmo com o risco da pandemia, percebe-se não somente na cidade, como também nas residências rurais, a presença de visitas. Em Paramirim, por conta dos festejos de Santo Antônio, a Guarda Municipal e a Polícia Militar, têm ampliado a fiscalização, realizando inclusive blitz no intuito de coibir aglomerações e abusos, que insistem em ocorrer. Ignorar a contaminação, nesse momento, pode resultar em um novo salto dos números de casos, que já se mostraram crescentes nesses primeiros dias de junho.