Profissionais foram confundidos com assaltantes e presos irregularmente por 32 dias. Juíza concluiu que contradições no depoimento da vítima evidenciaram equívoco.

Chega a um final feliz o triste episódio que envolveu dois jovens de Riacho de Santana, que foram presos injustamente sob acusação de furto de um celular. Os pedreiros que trabalhavam em São Paulo, foram equivocadamente apontados pela vítima, como autores do roubo Presos por 32 dias na penitenciária, tiveram as cabeças raspadas e conviveram com elementos de alta periculosidade, até que a justiça reconhecesse o lamentável erro.

O jornal O Eco acompanhou a luta de familiares, amigos e da população de Riacho de Santana, que mobilizaram pessoas, levantaram recursos para custear advogados, com a certeza da reputação ilibada dos dois jovens que são muito conhecidos na cidade. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) absolveu os pedreiros Ronaldo Santana Nogueira, 21 anos, e Rodrigo Alves Santana, 25 anos. Eles já haviam sido soltos há alguns dias, no entanto, aguardaram uma decisão final, para que ficasse provada a inocência.

A prisão aconteceu em agosto de 2021, em uma pizzaria, quando os dois foram acusados de roubar um celular, a polícia autuou os jovens com base apenas em reconhecimento irregular da vítima. Gravações de Câmeras de segurança, depoimentos de colegas de trabalho e todas as demais provas arroladas chamaram a atenção inclusive da Tv Record de São Paulo que acompanhou e deu notoriedade ao caso. O próprio Ministério Público Estadual, que ofereceu a denúncia, voltou atrás na decisão por entender que a vítima apresentou características contraditórias. A juíza Tatiana Franklin, da 9ª Vara Criminal da Comarca da Barra Funda, considerou que não havia provas que incriminassem os rapazes.

O caso ganhou repercussão em diversos veículos de comunicação, não somente pela fragilidade das acusações que levaram inocentes a prisão, como também o reconhecimento da população à idoneidade  de pessoas que fizeram por merecer tamanha consideração em tempos de tanta insensibilidade humana.